A turma do 3° ano B matutino apresentará na feira de ciências desse ano “A importância da água para as comunidades ribeirinhas”. Nosso plano, é tentar representar em nosso projeto a influência do rio, decidimos abordar essa temática porque sempre foi um assunto silenciado na sociedade, para nós a água é de extrema importância, contudo ela deixa de ser valorizada a partir do momento em que decidimos polui-la, mas para eles ela faz parte da vida e sobrevivência, sendo utilizada como meio de transporte no deslocamento, e alimentação (através da pesca que é algo usado tanto para consumo próprio, como também para geração de renda).
É importante ressaltar os impactos realizados pela sociedade e como se tornam prejudiciais a esses povos, para isso realizamos uma entrevista juntamente com a jornalista Camila Gusmão, que em 2018 fez um documentário sobre o Rio Ararandeua, buscando explorar comunidades a sua volta que viviam e vivem até os dias atuais próximo às margens do rio e pesquisar sobre os impactos ali presentes, uma das primeiras questões abordadas foi sobre o que conseguiu explorar durante a pesquisa, “Fizemos um documentário sobre o Rio Ararandeua, sobre sua história e o que acontece ao redor do rio, então nós buscamos explorar as pessoas que moram ali e também até o ponto que a gente pôde pesquisar quais eram os impactos, porque a gente já sabia previamente que tinha muitos impactos e algumas coisas nós não conseguimos explorar, por diversas questões, nessa parte dos impactos buscamos também explorar sobre a mata ciliar, que é muito importante para que o rio, os peixes e a natureza continuem livres, então foi basicamente isso, as histórias de vida e os impactos que aconteceram no rio ao longo da chegada das pessoas, porque em Rondon por exemplo o único Município que o rio corta , as pessoas chegaram aqui mais o menos na década de 60 e 70 pra construir a estrada e as pessoas escolheram morar perto do rio por diversos fatores, e foram essas histórias e os impactos que surgiram a partir disso”, abordamos também o intuito da pesquisa, “Então essa era uma ideia que a gente já tinha a algum tempo de fazer algum material pra registrar a história do rio e dessas pessoas, e aí a gente conseguiu se submeter a um projeto pra um edital na universidade, a gente ganhou e fez esse produto”.
Ao ser questionada também sobre o motivo das pessoas morarem na beira do rio ela responde, “Então, na época que eu fui em 2017 tinha cerca de 60 famílias vivendo ali e vivendo da renda desse laticínio as pessoas tinham emprego ali e moraram lá perto, em relação aos indígenas, são populações que vivem a muitos séculos, a milhares e milhares de anos, porque é perto da água e do alimento deles. Tornou-se crucial então focar na importância do rio, porque o fluxo da água está inteiramente ligado ao modo de vida dos mesmos, essas comunidades desempenham um papel fundamental para nossos arredores, pois valorizam e cuidam da nossa Amazônia, sua fauna e flora, devolvendo a ela tudo que ela nos oferece, nesse projeto pretendemos levar conhecimento a população”.
Reportagem escrita por: Lethicya Oliveira Gomes
Entrevistada: Camila Gusmão
Entrevista realizada por: Rayca Bodelho, Danilo Calisto e Gustavo Xavier.