No Brasil, a distribuição de água ocorre de maneira totalmente irregular, possuindo áreas na região Nordeste conhecidas como polígono das secas, onde as densidades demográficas são menores e ocorre maior escassez da hidro. Essa irregularidade é agravada pelo desperdício constante de água nas diversas áreas em que é utilizada.
O Brasil é um país enorme com alto índice de irregularidade em sua distribuição de água. Dentre as cinco regiões acopladas ao país, é possível citar o Nordeste como a que mais sofre com essa situação, sendo acometida fortemente pela seca em áreas conhecidas como polígono das secas. É inerente ressaltar que essa alta escassez não ocorre nas partes mais populosas da região, pois se situam próximas aos litorais, mas sim, onde a densidade demográfica é baixa.
Além da região Nordeste, existem outros pontos no país em que a falta de água é um cenário para a população brasileira e diversos fatores podem ser apontados como agravantes dessa situação tanto na área urbana, quanto na rural. De acordo com o site Agência Brasil, “O Brasil desperdiça mais de 40% da água potável captada por causa de vazamentos, erros de medição e ligações clandestinas”. A senhora Maria Lúcia Rezende, de 67 anos, pontua: “Na minha casa tinha vazamento de cano e eu nem sabia. Passava dias sem água, achando que era porque não tinha caído na caixa. Mas era por causa do vazamento, ficava lá dia e noite e eu sem notar. Agora que descobri, resolvi, e ficou muito melhor”. Ela não sabia que havia vazamento, mas sofreu com a escassez: essa é a realidade da maioria das pessoas, que não tomam dimensão do problema que algo aparentemente simples, como vazamento de cano, pode acarretar.
A má administração e a perda durante a distribuição de água
Mas não se engane: não é apenas em vazamento de canos que se encontra o desperdício. No país, quase oito mil piscinas de água tratada são dissipadas diariamente, o que seria suficiente para abastecer 67 milhões de brasileiros por ano. Em 2021, cerca de 40% da água potável produzida no Brasil foi perdida durante a distribuição. Além disso, também há os desperdícios que estão atrelados às áreas rurais, especialmente com relação ao agronegócio, que é o setor que mais utiliza desse recurso. De acordo com o Sebrae, em 2021, foram retirados 2.172,18 metros cúbicos por segundo (m³/s) de água dos mananciais do país, dos quais mais da metade são destinados à atividades de setores de fundamental importância para o agronegócio; no entanto, cerca de 50% desse volume é totalmente arruinado.
É primordial amenizar essa situação
Diante disso, é de suma importância avaliar quais soluções podem ser tomadas pela comunidade, a fim de amenizar o desperdício de água e as consequências dessa situação. Um exemplo para isso é observar bem todos os encanamentos, pois caso haja algum problema, logo será possível resolvê-lo e mais água será poupada; assim como fez a senhora Maria Lúcia. Evitar fazer encanações clandestinas também é uma forma de controlar esse risco. Outrossim, também é necessário cobrar políticas públicas capazes de resolver esse impasse a nível maior, como é o caso dos polígonos das secas, que sofrem com a constante escassez desse recurso tão vital e carecem de atenção governamental acerca dessa questão tão crucial.
Revisão ortográfica (Português): Lorena Lopes Rezende
Edição: Lorena Lopes Rezende
Fontes: sebrae-sc.com.br; g1-globo.com; agenciabrasil.ebc.com.br.
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