As dificuldades para o fornecimento equilibrado nas regiões da cidade
O município de Rondon do Pará foi fundado em 1962, e por ser uma localidade de considerável longa data, já recebeu alguns nomes, como quais: a famosa Candangolândia de Arinos Brasil e Vila Rondon. Em seu início, por ser uma cidade em desenvolvimento, não havia água encanada. Segundo relatos, uma prática corriqueira para minimizar esse problema era a ida às margens dos rios.
Os moradores levavam baldes e até mesmo lavavam roupas e louça no local, como conta Dorismar, uma residente há 35 anos e Laurinda, que chegou na região na década de 70. “A água não era encanada, a gente tinha que descer pro rio pra pegar água tinha pulso e igarapé que a gente usava” Relata Dorismar. “Tudo fazia no rio, lavava roupa, lavava vasilha, aguá pra beber a gente ia lá na ‘rua do buraco’ pegar” Diz Laurinda.
De 1978 à 1980, O SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) começou seus serviços no município vizinho de São Domingos do Capim e em 5 de dezembro de 1984 se desmembrou para Rondon do Pará, após a região receber a denominação de município. De acordo com Maria de Lurdes Almeida Chaves, a diretora da companhia de saneamento na cidade, houve um significativo avanço na captação de água, quando comparado ao começo dos trabalhos: “Nós tivemos um avanço no sistema… começou com bateria de poços na captação 1 na Rua Bahia e depois passou para captação 2 no Centro, e disso foi desenvolvendo para os bairros, e hoje nós temos o desenvolvimento para todos os bairros”.
Dessa forma, a atual água distribuída para os povoados da localidade que se refere, advém de poços artesianos, isto é, águas subterrâneas que são notoriamente mais saudáveis. Estima se que existe cerca de 8 a 9 poços tubulares, conforme a Secretária do Meio Ambiente. Todavia, mesmo que haja um número considerável para um bom abastecimento para as moradias, ainda há alguns percalços a serem averiguados.
Sob esse viés, é possível observar que a escassez de H2O não afeta somente um âmbito da comunidade, e sim como um todo, a exemplo dos bairros antigos e os novos. Consoante o morador Pedro, que reside há uma década e atualmente habita o Centro, há falta de água em sua residência diariamente. “Tem vez que passa o dia sem vir uma gota d’água, e fica sem água e aí fica, sendo sempre assim”. Assim como, uma habitante do bairro Parque Elite queixa se dos mesmos problemas.
Segundo o Secretário do Meio Ambiente Weliton Santos Porto, há alguns tópicos a serem analisados para compreender a razão desses impasses. Em primeiro plano, pontua se a desigualdade social que potencializa a problemática, assim, dificulta ndo o investimento em caixas de água nas residências para o armazenamento do líquido. Em segundo plano, destaca se as questões climáticas, no qual em um período de dois anos houve o secamento dos lençóis freáticos, abrandando a captação de água dos poços.
Ademais, em conformidade com a Diretora do SAAE, Rondon do Pará apresenta elevações geográficas que dificultam o abastecimento para as demais áreas. Diante dos fatos supracitados, conclui-se que, o fornecimento de água na cidade de Rondon do Pará não atende toda a população, falta água repentinamente deixando a maioria a deriva e desfavorecidos, impossibilitado os de realizar seus afazeres diários.
Logo, é evidente que, deve se tomar medidas na questão do abastecimento de água, através de união de empresas ou iniciativa privada desenvolvendo projetos como: preservar rios resultando maior longevidade de fornecimento de água, o planejamento sustentável do tratamento de esgoto é crucial, e principalmente investir em educação ambiental tanto nas escolas quanto para os moradores, pois é dever da sociedade também economizar água e desenvolver uma consciência mais ampla sobre o assunto.
Em suma, nossa água é imprescindível para o bom funcionamento da cidade , portanto preserve, contribua com ideias, o resultado será recompensador.
Produção 2º C Manhã